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Juros altos? O mercado imobiliário não recebeu o memorando

  • Foto do escritor: Cartaxo Imóveis
    Cartaxo Imóveis
  • 7 de abr.
  • 2 min de leitura

A taxa Selic continua sua escalada, estacionada em 13,25% ao ano. O crédito encarece, a economia perde fôlego e, ainda assim, o mercado imobiliário cresce mais de 20% em 2024. Isso é um choque para quem acredita que o setor depende exclusivamente de juros baixos. A verdade? Tijolo sempre foi um dos ativos mais resilientes – e o Brasil já provou isso mais de uma vez.

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Juros altos: o vilão (ou o bode expiatório?)

O Banco Central manteve a Selic elevada para conter a inflação, mas isso sufoca o financiamento imobiliário. O setor sente o golpe? Sim. Mas sucumbe? Não. Mesmo quando a Selic bateu 2% em 2020 para estimular a economia pandêmica, não houve explosão do mercado como alguns previram. Quando disparou para dois dígitos, a crise veio? Não. Em vez disso, incorporadoras encontraram novos modelos, e investidores se adaptaram.

A troca de comando no Banco Central, com Gabriel Galípolo assumindo a presidência em 2025, traz expectativas, mas nada muda do dia para a noite. A autonomia do BC mantém a Selic no mesmo lugar – e, enquanto isso, o setor segue crescendo.

O verdadeiro desafio: funding

Se há uma pedra no sapato, ela não é apenas a taxa de juros, mas o desvio do dinheiro. Com retornos mais altos e menos riscos em aplicações financeiras, o investimento em imóveis pode perder força, especialmente no segmento de classe média. Mas, novamente, o setor se reinventa.

Heaven by YOO - Paraíso
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Tokens imobiliários – frações digitais de empreendimentos – já são uma realidade. Mais liquidez, mais acesso e um novo caminho para manter a roda girando. O mercado imobiliário não é feito apenas de concreto, mas de adaptação.

"Mesmo diante dos desafios, acreditamos que o setor imobiliário deva seguir crescendo em 2025, impulsionado pela valorização dos imóveis e pela demanda constante por moradia", diz João Teodoro, presidente do Sistema Cofeci-Creci.

O resumo? Selic alta não é sinônimo de colapso. O mercado imobiliário brasileiro já sobreviveu ao subprime de 2008, à pandemia e à montanha-russa das taxas de juros. O jogo não acabou – ele apenas exige novas estratégias.

 
 
 

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